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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Drogas: Não use!

- Cara, a gente não devia estar fazendo isso! - disse John assustado, que em seguida continuou:
- Ô meu, eu não quero usar isso aí!
- Cala a boca! Fica quieto senão alguém vai pegar a gente, cara - sussurrou Júnior para seu amigo, e em seguida acrescentou:
- Agora é tarde! A gente comprou, agora vamos usar! Eu já usei uma vez, cara, você vai se sentir um pouco mal no começo, mas quando passa você vai se sentir muito bem...
John e Júnior cursavam o segundo ano, numa escola bem próxima às suas casas; ambos trabalhavam e Júnior não dava muita importância para os estudos, diferentemente de John, que tentava, mas não conseguia prestar atenção nas aulas, por estar sempre cansado. Júnior levava uma faca todas as noites para o colégio, pois havia perdido seu irmão em um assalto enquanto ele voltava da escola para casa, e tinha medo que o mesmo acontecesse com ele. Achava estar protegido com aquela faca. John era um ótimo filho e um bom aluno, é o que seus pais diziam e o que seus ex-professores confirmavam, mas seu problema era a companhia de Júnior. Ele sempre fazia tudo que seu amigo queria, até mesmo usar LSD, uma droga de efeitos alucinógenos.
- Eu não sei, cara - disse John - eu acho que é melhor nós nem tocarmos nessa seringa!
John não conseguia, e nem tentava, esconder o medo em injetar aquela substância, principalmente por ser LSD e por ele não saber ao certo quais eram seus efeitos. Mas Júnior estava louco para usar, e não iria esperar nem mais um pouco seu amigo se decidir. Então ele pegou, com um rápido golpe, a seringa. John não se importava nem um pouco em satisfazer a vontade do amigo, já que ele não queria usar. Quando ele entregou a seringa, imediatamente Júnior a injetou na veia de seu braço direito e em seguida a lançou em direção a John, que a agarrou, mesmo querendo que ela nem existisse.
- Vamos, cara, usa isso aí - gritou Júnior - Rápido que eu tô me irritando!
Então, como que por obrigação, John injetou a seringa na veia de seu braço direito, exatamente como seu amigo fizera. Soltou-a, e em seguida começou a se sentir mais leve, um pouco tonto e um tanto quanto ansioso. John caiu no chão e olhou para seu amigo e o viu desmaiado. Ele ficou imóvel, olhando para seu amigo, até que acabou apagando.
Júnior começou a recobrar a consciência. Vendo-se no chão, tentou levantar-se, mas seus esforços foram em vão. Ele esperou um tempo, até tudo parar de girar, e tentou levantar novamente e desta vez conseguiu. Ele era um viciado em histórias em quadrinhos, principalmente nas do Batman, suas favoritas.
Já de pé, Júnior avista seu arqui-inimigo, o Coringa, mas que na realidade era seu melhor amigo, John, que também havia se acordado e se levantado, mas ele não estava tendo alucinações.
Quando Júnior viu seu arqui-inimigo, a primeira coisa em que ele pensou foi pegar sua faca, para acabar com ele. Depois de pegá-la atacou seu inimigo, que era seu melhor amigo, que por sorte, conseguiu se esquivar do ataque, mas mesmo assim levou uma facada de raspão no rosto, e em seguida John, Coringa, grita com seu amigo, Batman:
- PARA CARA! O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO?
Mas o que Júnior, o Batman, entendeu foi:
- Você está pronto para o confronto final?
John, assustado e preocupado com o seu amigo, decidiu tirar-lhe a faca, sem machucá-lo e sem se machucar, o que lhe parecia impossível. Mas quanto mais próximo ele chegava de Júnior, mas ataques lhe eram enviados, e de todos, até agora, nenhum casou danos fatais.
Quando bem próximo de Júnior, John segurou seus braços, mas como era mais fraco, largou-os, e em seguida Júnior o atacou. Ele não conseguiu se esquivar, e acabou sendo atingido em cheio. No momento da facada, a alucinação que fez Júnior agir daquele jeito acabou, e ele voltou ao normal, e viu seu amigo, o verdadeiro, e não mais como o Coringa. Mas quando o viu no chão ele se desesperou e começou a chorar e a gritar.
Percebendo o que tinha feito, Júnior suicidou-se.
Isso, como delegado e responsável pela investigação e conclusão deste caso, me faz pensar no que os jovens têm na cabeça quando pensam em usar drogas, mesmo sabendo de seus efeitos. Preferem estragar suas vidas e as de suas famílias do que não usarem. Sozinho, e sem a conscientização desses jovens, eu não posso fazer nada, a não ser lamentar e levar adiante processos que revertem a maioria das situações, pois mortes, traumatismos, e paralisias não são reversíveis.

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