Estefani sempre foi muito namoradeira mas nunca imaginou que chegaria a esse ponto. Sua mãe nunca aceitou a sua desição perante o assunto. Um dia ela ia ter que escolher. E era melhor ser rápido.
Tudo começou quando ela conheceu Tom Foss, ela chamava ele de Tommy, eles se apaixonaram na primeira vez em que se viram, foi amor a primeira vista.
Tommy era tímido e foi muito difícil para ele ir até Estefani conversar com ela. Quem o via achava que ele não tinha a menor vergonha, mas ao contrário do que todo mundo pensava, mesmo sendo muito bonito, alto, com o corpo levemente definido, olhos castanhos claros, iguais a cor de seu cabelo, este sempre bem ajeitado; ele era muito tímido e nunca tinha namorado antes. Os dois se conheceram em uma festa de quinze anos de uma amiga de Estefani.
Com seus dezesseis anos, Estefani, já chamava a atenção de todos os homens por onde passava, com seu cabelo ruivo, olhos verdes, sorriso lindo e um jeitinho bem calma de ser. Mas mesmo assim ela nunca quis que isso acontecesse.
Ela já namorava Tommy a dois anos quando conheceu Eduardo, seu chefe e futuro amigo. Eduardo tinha vinte anos na época e deixava qualquer mulher louca por ele, às vezes só com um sorriso. Ele era o típico descendente de italiano: olhos azuis-esverdeados, cabelos bem pretos e lisos, um corpo atlético bem definido e torneado pelas horas semanais passadas na academia; alto e sorridente.
Ele gostou de Estefani desde a primeira vez em que a viu: ele era gerente da loja de roupas do tio dela, e naquele dia ela estava começando a trabalhar la, com seus dezoito anos. No mesmo dia ele descobriu que ela tinha namorado, mas isso nunca o impediu de tentar seduzi-la. Isso porque ele não tinha idéia do que ia acontecer.
------------------------------------------------------------------
Nas primeiras semanas de trabalho ela conseguiu resistir ao charme de Eduardo. Próximo de completar seus dois primeiros meses de trabalho ela não conseguiu mais resistir. Desistiu. E se entregou.
No dia da primeira vez em que ela se entregou a ele, seu tio Paulo a deixou responsável por fechar a loja. Vendo isso como uma oportunidade, Eduardo, decidiu mudar seu dia de serão, que seria no dia seguinte. Como obra do destino, naquele dia Tommy não pode ir buscar Estefani na saída do trabalho, pois teve que ficar ajudando seus pais a preparar a mudança, que seria feita no dia seguinte.
Quando Eduardo viu que já estava na hora de fechar, ele quase que expulsou o último cliente, e em seguida virou a plaqueta para: "FECHADO". Trancou a porta, chaveando-a e depois escondeu as chaves. Em seguida foi andando até o caixa, onde Estefani contabilizava as vendas do dia.
- Acho que você já pode ir, Ed. Disse Estefani, tentando escapar do olhar sedutor do seu colega de trabalho.
- Eu não vou.- Fez uma pausa, e olhou Estefani dos pés a cabeça, parando os olhos um momento sobre suas peras nuas, pelo fato dela estar usando uma saia até os joelhos.-Bom... não até eu conseguir o que eu quero. E deu uma piscadela.
- Você não vai conseguir nada de mim, seu tarado. Por fim respondeu Estefani, depois de quase cair no joguinho dele.
Eduardo se aproximou por cima do balcão, olhando diretamente para os olhos de Estefani.
- Consigo. Ele disse após um sorriso estonteante.
Uma parte de Estefani queria sair daquela situação contrangedora e se livrar daquelas investidas baratas, mas a outra queria se entregar.
Eduardo não via reação alguma nela então decidiu beijá-la, e o fez. Após isso os dois rolaram pelo chão calorosamente durante quase uma hora e meia.
------------------------------------------------------------------
No dia seguinte ela fingiu que na tinha acontecido, mas ele não. Ele estava ainda mais confiante agora que sabia que ela não conseguiria mais resistir a ele. Nesse dia não foi diferente, mas dessa vez, foi durante o horário do almoço, na sala de depósito, nos fundos da loja de seu tio. Desde então isso ocorreu quase todos os dias. Sem Tommy nem se quer pensar em desconfiar.
------------------------------------------------------------------
Tommy sempre ia buscar Estefani na saída do trabalho. No começo ele ia a pé mesmo, só porque se sentia mas tranquilo em não deixá-la ir sozinha para casa. Mas quando completou dezoito anos comprou uma moto, mesmo sem nunca gostar de motos, para poder buscar ela.
Certa noite ele preparou uma surpresa para Estefani: ele a levaria para um restaurante chique, onde, provavelmente, gastaria todas as suas economias, e lhe pediria em casamento.
Como sempre, todas as noites, aproximadamente as 20:00hs, ele estava na frente da entrada da galeria onde fica a loja de roupas do tio de sua namorada. Normalmente Estefani não demorava mais que cinco minutos para se trocar de roupa e fechar a loja. Mas naquela noite algo estava errado, ela estava demorando muito mais do que o normal. Ele decidiu esperar.
Depois de quinze minutos ele se cansou e decidiu ligar para ela. O telefone tocou... tocou... e nada. Cansado de esperar, e com medo de perder a reserva, ele decidiu entrar la e ver o que tinha acontecido.
A loja do tio de sua namorada é a sétima do canto esquerdo, após entrar na galeria e subir dois lances de escadas. Depois das escadas ele começou a contar as lojas, de tão nervo tinha medo até de errar a loja. Todas as que ele já havia passado estavam fechadas e de luzes apagadas. Mas quando viu a loja onde sua namorada trabalhava ele notou algo estranho, as luzes da fachada ainda estavam ligadas, a plaqueta dizia: "FECHADO", mas a porta só estava encostada. Ele decidiu entrar.
Ele entrou com toda a calma do mundo e achando que era uma assalto, e que o assaltante ainda estava ali dentro. Mais especificamente na sala do depósito, único lugar, dentro da loja, onde a luz estava ligada. Pensando nisso, ele foi agachado até a parte de trás do balcão e agarrou com força o revólver que o tio da Estefani mantinha ali, para o caso de assalto.
Ainda agachado, ele andou até a porta do depósito. A porta estava apenas encostada. Ele olhou pelo buraco da maçaneta. Ficou apavorado, não havia assaltante algum. Nervoso, entrou no depósito e atirou.
------------------------------------------------------------------
Fora da loja, uma pessoa que passava se assustou quando ouviu três barulhos, extremamente fortes. Foi um de cada vez, espaçadamente. Cerca de trinta ou quarenta segundos de diferença entre um e outro. "Foram tiros." Ela pensava enquanto corria desesperadamente na direção oposta com o celular nas mãos.
------------------------------------------------------------------
Eduardo estava muito foguento naquela sexta. Estefani tinha lhe negado o prazer durante a semana toda. Antes mesmo, no horário do almoço ele tentou seduzi-la, mas ele resistiu fortemente. Ela não queria mais essa vida. Estava cansada de trair o seu namorado, não queria mais desistir perante a sedução de Eduardo.
Ela o evitou a semana toda, e naquela sexta estava sendo muito difícil. Ele estava fazendo de tudo para conseguir o que queria. E justo naquele dia seu tio a deixara encarregada de fechar a loja. "Bem no dia do serão do Eduardo." Ela pensou enquanto via seu tio saindo mais cedo.
Sua vontade de resistir poderia ser considerada uma missão impossível perante todas as investidas de Eduardo. Ela tentou... se esforçou... se esforçou muito para não deixar mais aquilo acontecer. Mas não conseguiu.
Quando ela foi se trocar no depósito, Eduardo a seguiu. Após muito investir e seduzi-la Eduardo conseguiu o que queria. Ambos começaram a rolar pelo chão calorosamente.
Estava indo tudo bem, até eles dois verem a sombra de uma pessoa entrando na sala do depósito gritando:
-Por quê!?!?
Os dois pararam o que estavam fazendo e se viraram para tentar reconhecer a pessoa. Estefani o reconheceu: era Tommy. Mas já era tarde pra ela falar alguma coisa. Ele já havia disparado contra Eduardo e caminhava em sua direção, com algo em sua mão esquerda, uma espécie de caixinha do tamanho de um pequeno cubo mágico.
-To... Tommy... não! Tentou gritar, Estefani, mas não conseguia nem falar de desespero. Seu coração batia muito rápido, ela até achou que teria um enfarto, mas esse não era seu maior perigo. O homem que estava parado em sua frente era.
-Por que, Estefani? Gritou mais uma vez Tommy, com a arma apontada para sua cabeça.
Ele ergueu a caixinha cúbica até a altura de seus olhos, olhou por um tempo e a jogou no colo de Estefani.
Estefani olhou para aquela caixinha e percebeu o que era: uma caixa que continha um anel de noivado. Neste momento ela desejou morrer.
Tommy olhou bem nos fundo dos olhos dela, sentou-se do seu lado. Olhou para o corpo esticado no chão, mirou sua própria cabeça e disparou.
------------------------------------------------------------------
Estefani se desesperou. Olhou para o anel lindo que havia dentro daquela caixinha, depois olhou para os dois corpos no chão e começou a chorar. Agarrou a arma que estava na mão direita do corpo morto de seu namorado e disparou. O tiro atravessou seu peito com uma força enorme. Ela sentiu uma dor extremamente forte e dormiu... mas dormiu para nunca mais acordar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não seja imaturo.
Use esta opção de mensagem para tirar suas dúvidas, deixar críticas, comentários ou sugestões.
Nada de xingamentos, palavrões ou indecências no geral.
Obrigado.