Eu fui ao mesmo tempo a vítima e o culpado. Eu tive as oportunidades necessárias e não as vi, ou até fingir não vê-las. Sentia-me necessitado dela, mas não sabia como resolver isso, na verdade sabia, mas não conseguia.
A via lá, mas não ia até lá. Hoje, pensando no que deveria e o que não deveria ter feito cheguei a conclusão que ir falar com ela já ajudava. Podem rir, mas eu tentei. O problema era o geito que eu ficava quando ela chegava perto. Não sabia o que falar. Podia pensar por muito tempo quais assuntos abordar, mas chegando lá tudo ia embora, só o que restava era aquele silêncio destruidor.
Isso me destruía por dentro, todo o tempo pensando nela, e não falava sobre isso com ela. Eu sempre acabava deixando para outro dia. Para o próximo dia, semana. . . e assim foi.
Ela percebeu e se afastou. Pode parecer coincidência, mas eu chamaria de uma má sorte incrível, pois ela não foi a primeira. Tive uma primeira má tentativa de conquistar uma mulher que realmente mexia comigo e talvez esse fator tenha ajudado os meus erros nessa segunda, mas é passado.
Foi muito tempo até conseguir descobrir o nome dela. Qualquer conversa fluía facilmente, por MSN. Na realidade eu me perdia, completamente.
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Eu a conheci logo após de uma mudança total na minha vida, tinha me mudado, trocado de escola e não queria ficar mais uma vez 'deslocado' na nova escola.
Aos poucos fui me localizando no novo bairro, na verdade demorou um ano, conseguindo amigos na nova escola, só faltava ela. Só faltava falar com ela. Decidi com muita convicção que ia fazer isso, ela não precisava nem me querer, eu iria falar por uma questão de superação, não queria mais 'deixar para amanhã'.
E tentei... tentei algumas vezes sem sucesso, e finalmente, em um dia chuvoso, eu consegui. Consegui ir até onde ela estava e chamar para darmos uma volta. Papo vai papo vem, falei a ela. A sua reação não foi como eu esperava, foi tranquila. Ela ficou a me olhar durante um tempo, depois parou de andar e disse:
- Não posso.
Eu fiquei esperando que ela continuasse a falar, e ela continuou:
- Porque... Eu não sinto o mesmo por você.
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O que eu podia fazer? Aceitar e passar em frente.
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História baseada em fatos reais adaptados para este post. Agradecimentos à minha leitora que me contou e liberou o post e as adaptações na história. E como pedido dela seu nome não será mencionado.
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